A forma de legitimar o ensino obrigatório revela a concepção de pessoa e sociedade que vigora em um país. Este livro mostra com rigor e clareza a proposta do filósofo Condorcet (1743-94) para o ensino público da moral, revelando a força de um argumento a favor de uma formação racional e universalista. São apresentados aspectos instigantes de um ideário educativo forjado no momento mais radical da Revolução Francesa. O autor indica que estudos de pensadores iluministas, como Condorcet, tornam-se fundamentais para entendermos as inclinações das políticas educacionais recentes, e que não se pode discutir as propostas multiculturalistas atuais sem uma análise imparcial das concepções às quais elas se opõem.