A vida material da espécie humana tem se modificado. Contudo, o cenário da injustiça social permanece. As desigualdades persistem, a exploração das classes pobres prospera com a lógica equivalente à do escravismo. A ordem social é comandada pelos interesses econômicos dos mais ricos, que detêm o poder. O poder dominante se vale de todos os recursos para impor interesses grupais. A riqueza se concentra dissimuladamente em suas mãos. Reduz-se a capacidade de pensar de parcelas expressivas das populações, submetendo-as ao fascínio da ilusão consumista. Os valores éticos são desprezados em favor dos privilégios da elite dominante. Por isso, a mudança deste modelo de sociedade é inadiável. A violência não é o caminho. A subversão pacífica da ordem é a única estratégia de ação coletiva capaz de promovê-la, com a devida dignidade, pois tem o potencial de mudança que a humanidade pode e deve fazer.