Um bom lugar para começar é olhar para todo o processo e me localizar hoje é criar uma linha temporal que envolva uma trajetória de produção que muitas vezes passa despercebida. É só nesse momento, nesse exato momento, que decidi reconhecer meu corpo ampliado que ocupou muitos lugares de produção. Um corpo artístico que reivindica espaço em todos os lugares que se propôs a desbravar. Este corpo, meu corpo, busca pela equidade descobrindo novos caminhos, fazendo novas escolhas, aceitando novos desafios. A obra Trajetórias artísticas e profissionais de mulheres circenses que apresento versa ora sobre minhas raízes culturais como mulher circense, evidenciando os saberes compartilhados e o processo ao qual levou a pesquisa, ora por mulheres circenses, as quais fazem do circo uma forte influência cultural, criando, assim, um diálogo sobre as conquistas dessas mulheres que, por linhas sinuosas, trazem memorias encantadoras. [...]