"O que foi pedido a Rodrigo Peixoto foi que visse fazer e que desse a ver o que ia ser feito. A multiplicidade de modos de fazer, de materiais e de temas, de espaços e de autores deste Prémio EDP Novos Artistas colocou Rodrigo Peixoto perante o horizonte da dispersão.Seguir os fragmentos de trabalho dos outros, esconder-se atrás do olho da câmara nos inúmeros momentos íntimos e públicos em que o processo de uma obra se subdivide, exige simultaneamente modéstia e abuso, contradição que Rodrigo Peixoto soube gerir.É sempre arriscado olhar para fora quando estamos cometidos à tarefa de dar testemunho coerente, objectivo e partilhável da multiplicidade dos outros. Estabelecendo as regras segundo as quais o diverso pode ser reunido de acordo com a sua vontade, Rodrigo Peixoto criou e devolveu-nos uma unidade de pensamento capaz de regrar o real, de o libertar para novas dispersões e reuniões, as que cada um de nós, individualmente, deve agora fazer." - João Pinharamda