A Igreja vive o tempo da recepção das orientações da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris laetitia. Toda recepção é um processo de construção, e não uma aplicação mecânica de uma regra ou de um ensinamento. A pluralidade de compreensões também está presente nesse processo, assim como a busca de consensos sobre os modos coerentes de colocar em prática as novas orientações. Contudo, subjaz à recepção o sentimento de comunhão eclesial que acolhe o texto como ensinamento procedente daquele que tem por missão confirmar a fé e ser o elo de união entre as Igrejas locais como o primeiro entre os iguais. Na tradição e no modo de ser católico, o Papa ensina investido dessa qualidade especial de responsável primeiro pela interpretação e transmissão da verdade de fé, em sintonia com o povo de Deus e em comunhão direta com os bispos.