Como é que eu vivi e sigo vivendo a minha vida em minhas relações com os seres vivos com que interajo, com a natureza de que sou parte e em que vivo? Ao longo de meus anos, algo se transformou em minhas maneiras de sentir, pensar e viver isto a que damos o nome de meio ambiente? Outros capítulos de O vôo da arara-azul percorrem trilhas que vão da antropologia à ecologia. Como? Eles procuram pensar quem é este estranho ser que a si mesmo deu o nome de Homo sapiens a partir de algumas diferenças entre nós e outros seres da vida. O que há em nós, em nossa natureza, que nos impele a gestos tão intensos de amor, de solidariedade, de reciprocidade? O que há em nós que nos leva ora a guerras tão absurdas, a um mundo que ingressa em seu 'terceiro milênio' (pelo menos para ocidentais e cristãos) ainda tão dividido, tão expropriador, tão pragmaticamente utilitário, tão injusto para com tantas pessoas e tão ameaçador para com toda a vida na Terra?