Nos últimos trinta anos, o confronto entre a experiência histórica e os postulados da teoria econômica deixaram claro o grave descompasso entre a realidade e o arcabouço teórico que sustenta as políticas públicas. Como argumenta André Lara Resende nesta coletânea de ensaios, trata-se de um dos principais ingredientes da crise que hoje ameaça as democracias representativas ocidentais. O colapso financeiro internacional de 2008 deixou claro que o pensamento econômico dominante necessita ser reformulado a partir de suas bases mais elementares. No mundo contemporâneo, a tese da moeda como mercadoria é apenas um fetiche anacrônico, que conduz grande parte dos países democráticos a um entendimento equivocado sobre a importância da disciplina fiscal e orçamentária.Nos últimos trinta anos, o confronto entre a experiência histórica e os postulados da teoria econômica deixaram claro o grave descompasso entre a realidade e o arcabouço teórico que sustenta as políticas públicas. Como argumenta André Lara Resende nesta coletânea de ensaios, trata-se de um dos principais ingredientes da crise que hoje ameaça as democracias representativas ocidentais. O colapso financeiro internacional de 2008 deixou claro que o pensamento econômico dominante necessita ser reformulado a partir de suas bases mais elementares. No mundo contemporâneo, a tese da moeda como mercadoria é apenas um fetiche anacrônico, que conduz grande parte dos países democráticos a um entendimento equivocado sobre a importância da disciplina fiscal e orçamentária. Um dos formuladores do Plano Real, Lara Resende demonstra que a busca pelo equilíbrio fiscal, a qualquer custo e em qualquer circunstância – um dos dogmas da política econômica dominante –, tem obstruído uma discussão racional sobre o papel dos investimentos públicos e das iniciativas sociais na criação de riqueza e bem-estar social.