Uma antologia de poemas nômades, é o que o leitor encontra nas 130 páginas de literatura sutil e contendente de Clara Baccarin. Com um olhar doce e rebelde, feminino e livre, cindido e integro, ocidental com uma apimentada pitada zen, ‘Instruções para Lavar a Alma’ toca no humano de cada um. Através de uma linguagem propositalmente simples porém surpreendentemente intensa, convida o leitor a empreender a corajosa travessia de despir-se das armaduras e às vezes até da própria pele para reconectar-se com uma existência que está aquém da língua enquanto forma maciça de nomear. É o que ilustra o poema Clara BaccarinTerra de refugiados: Refugia-se no coração, Que o amor não conhece fronteiras. Migra para a terra do sentir, Que ela sabe acolher Com mais humanidade. Mora num poema, Que ele tem raízes Em si mesmo E fala todas as línguas.Segundo livro da poeta e escritora Clara Baccarin mostra com sensibilidade a poesia de quem percorre sem medo os caminhos da sua própria natureza humana. Uma antologia de poemas nômades, é o que o leitor encontra nas 130 páginas de literatura sutil e contundente da autora. De volta ao Brasil, depois de dois anos de idas e vindas e muitas histórias vividas na Hungria e do contato abissal com uma língua tão insólita, rica e hermética, o húngaro, Baccarin, corporifica neste livro a sua pesquisa com a palavra no sentido mais amplo: a ousadia de quebrar as cascas dos significados e adentrar na estrangeirice do sentir. Com um olhar doce e rebelde, feminino e livre, cindido e integro, ocidental com uma pitada de oriente, 'Instruções para Lavar a Alma' toca no humano de cada um. Através de uma linguagem propositalmente simples, porém surpreendentemente intensa, convida o leitor a empreender a corajosa travessia de despir-se das armaduras e às vezes até da própria pele para reconectar-se com uma existência que está aquém da língua enquanto forma maciça de nomear.