Nesse livro, Tarso Mazzotti mostra que as querelas ou litígios em torno das doutrinas pedagógicas têm por fonte os significados da metáfora PERCURSO defendidas por seus antagonistas. Muitos sustentam que o percurso escolar é determinado e determinista, uns poucos o oposto. Entre eles também há divergências a respeito do referente ou tema metafórico, de onde retiram os significados para suas proposições, o que aumenta ainda mais os litígios. Mazzotti assume a posição dos que, como os Sofistas, sustenta que linguagem, sempre argumentativa, condensa e coordena as práticas humanas. Donde as doutrinas ou teorias serem modos de dizer que orientam as práticas, podendo produzir querelas insuperáveis por meio de alguma verificação empírica. Pois, não há a essência das coisas, mas algo que estabelecemos em nossas conversações, um conhecimento que expressa uma gradação de qualidades admitidas por aqueles que consideramos especialistas e por nós mesmos.