A presente obra teve sua origem em estudos da pós-graduação, onde a autora entrou em contato com a justiça restaurativa e sua capacidade transformadora. Difícil ficar indiferente a esse paradigma da Justiça e, em especial, a esse modo de vida. A justiça restauradora, não obstante o nome justiça, não está adstrita ao Direito, sendo o sopro de uma nova era na qual a cultura de paz, o diálogo, a alteridade, o amor a si e ao próximo são efetivamente possíveis. Tal paradigma, em realidade, não é novo, havendo práticas indígenas e pré-estatais remotas que utilizavam o encontro e o diálogo na solução dos conflitos. Ela não se traduz em impunidade, como uma visão superficial e apressada poderia erroneamente imaginar. Na presente obra, o leitor terá a oportunidade de entrar em contato com a execução penal restaurativa; ademais, reflexões poderão ser suscitadas contribuindo para novos estudos, pesquisas e, sobretudo, práticas participativas, por tratar dos problemas em sua origem, possibilitando a gestão e a solução dos conflitos pelas partes envolvidas, contribuindo para que a sociedade tenha um modus vivendi mais respeitoso e pacífico.