O contato com a água, um dos elementos estruturantes da natureza desde a mitologia egípcia, a solidão ontológica dos humanos que se lançam ao mar ou à piscina, solidão mesmo nas provas de equipe, de revezamento, nos levam a pensar para além do esporte. A natação, mais do que uma modalidade esportiva de intensidade física e estética corporal, pode ser um símbolo, uma identidade, uma metáfora. Fabiano Devide percebeu isso, com extrema sutileza e não deixou por menos: escreveu páginas antológicas sobre a história das mulheres na natação brasileira. Com coragem, não se intimidou perante o tema das desigualdades de gênero nos diversos segmentos e nas práticas esportivas.