Existe uma dimensão visual na música? Para responder a essa pergunta, a autora retoma aspectos históricos e estéticos que relacionam o sonoro ao visual, pesquisando em estudos já realizados, as relações dos sons com as cores, com o espaço e com as imagens. Debruça-se sobre o compositor húngaro György Ligeti (1923), que realiza trabalhos que aproximam as obras musicais contemporâneas de um público não especializado e oferece uma experiência do que poderia vir a ser uma audição multissensorial na qual mesmo as pessoas não habituadas ao repertório contemporâneo se sintam incluídas. A autora relaciona a filosofia e a psicologia com a estética e a história, mostrando como as obras de arte auditivas ou visuais podem ser fruídas com maior prazer.