Para nós, mais antigos, é gratificante testemunhar a consolidação de juristas jovens, sérios e vocacionados, que examinam, com profundidade e impecável rigor científico, aspectos jurídicos da prática médica. O Doutor Eduardo Dantas, a par das credenciais acadêmicas que o distinguem - graduado pela histórica Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco; Especialista em Direito de Consumo pela Universidad de Castilla-La Mancha e Mestre em Direito Médico pela University of Glasgow - caracteriza-se pelo brilhantismo das ideias e por uma rara capacidade de concretizá-las. A primorosa edição da Revista de Direito Médico e da Saúde, o incansável trabalho à frente da APEDIMES - Associação Pernambucana de Direito Médico e da Saúde, a docência universitária e o qualificado exercício profissional, em movimentados escritórios de advocacia em Recife e em Maceió, são algumas das múltiplas atividades pelas quais espraia inteligência e talento. Tudo sem prejuízo da pesquisa cotidiana e do estudo incansável, agora corporificados neste livro - Direito Médico - que tenho a honra de prefaciar. O autor, com valiosas incursões ao Direito Comparado - sobretudo aos ordenamentos de Espanha e França - aborda questões polêmicas e atuais, relativas ao consentimento informado; aplicação prática do Código de Defesa do Consumidor ao âmbito da medicina; à prescrição; à responsabilidade civil hospitalar, em cirurgia plástica e no exercício da Odontologia. Examina, com agudeza, a Resolução CFM nº 1.805/2006, sobre os cuidados paliativos. Ao final de cada capítulo, expõe suas conclusões, de forma clara e didática. O livro, é necessário que se diga, dispensa por completo estas palavras introdutórias. O leitor, desde o índice, poderá perceber a qualidade das informações nele contidas. Sirva este breve registro, todavia, como testemunho de minha elevada admiração e amizade pelo Doutor Eduardo Dantas, que certamente continuará a enriquecer as letras jurídicas com o brilho de seu privilegiado intelecto.