Quando se viaja por este país, tem-se a certeza de estar diante não de um, mas de muitos Brasis. Os sotaques, as tradições, os costumes diferem. Mesmo as línguas são, com freqüência, distintas. Mas as crianças sempre têm algo em comum: ainda que as condições sejam desfavoráveis, divertem-se, estudam, brincam com o que estiver ao alcance. Neste livro Crianças da Amazônia não tive a pretensão de dar conta de um tema tão abrangente e complexo. Quis apenas pinçar um pouco do dia-a-dia de algumas dessas crianças. Crianças inventadas, nascidas do que li, ouvi e observei, mas que bem poderiam existir de verdade. Com um olho no verde da floresta e outro no verde da esperança. Maurício Veneza O pai de Rodrigo é seringueiro. A casa do Tonho parece uma garça com as pernas dentro do rio. Francisco vive em Marajó. Joana é neta de quilombola. Bento adora visitar a tia em Parintins e assistir à Festa do Boi-bumbá. Kiniriê é indígena. Estas são algumas da crianças da Amazônia!