Maria Antonieta se perde dos pais em uma estação de trem. Mesmo com medo, ela escolhe desbravar o desconhecido. É quando surgem gnomos falantes, palácios secretos, florestas com árvores poderosas... Daí, outra mágica aflora, quase imperceptível a olho nu: a descoberta de um novo mundo dentro de si. Os temas amadurecimento, solidão, liberdade e imaginação são abordados de maneira delicada e, ao mesmo tempo, cheia de dinamismo. Maria Antonieta é filha única. Curiosa e ousada, adora aventuras. Já o gnomo Jean-Charles é mal-humorado e só quer saber de se dar bem. Juntos, eles aprenderão muito. A voz narrativa, em primeira pessoa, é intercalada entre Maria Antonieta e o gnomo. Assim, temos toda a história narrada pelo ponto de vista dessas duas personagens. Para completar, há ainda um capítulo especial em que uma terceira personagem - a gnoma Charlote - apresenta seu relato. Há, dessa forma, uma riqueza de pontos-de-vista na história, permitindo ao leitor, dentre outras possibilidades: refletir a respeito da alteridade; perceber as diferenças entre as personagens a partir de seu discurso/linguagem. A história tem caráter universal, dialogando e aproximando-se de narrativas clássicas de maneira coloquial, despojada. Uma criança se perde, sozinha, em uma estação de trem; a descoberta de um mundo mágico; a coexistência do fantástico e do mundo não fantástico (realismo mágico). A figura do gnomo, por sua franqueza e humor afiados, também lembra uma Emília de Monteiro Lobato. Um clássico moderno repleto de elementos fantásticos. Maria Antonieta e o gnomo é como um ritual de passagem, uma obra para leitores na passagem da infância para a adolescência (middle-grade). Além do conteúdo narrativo, o formato do livro é especialmente pensado para esse público em transição: muitas ilustrações e dividido em capítulos curtos.Maria Antonieta se perde dos pais em uma estação de trem. Mesmo com medo, ela escolhe desbravar o desconhecido. É quando surgem gnomos falantes, palácios secretos, florestas com árvores poderosas... Daí outra mágica aflora, quase imperceptível a olho nu: a descoberta de um novo mundo dentro de si.