Este volume, em linhas gerais, tenta responder a uma inquietante pergunta, a qual tem tomado grandes proporções no meio acadêmico atual: Por que os vampiros, há centenas de anos, fascinam tanto o imaginário popular sendo responsáveis por uma verdadeira avalanche de narrativas, filmes, séries, games e demais produtos midiáticos desde o início do século XX até o presente? Talvez porque habite as regiões do Tártaro, o subconsciente de todos nós, seres humanos, talvez porque se situe nas bordas, nas beiras, no entrelugar, entre luz e trevas ele não está nem aqui, nem lá não está morto, mas também não está vivo não está no céu, nem está no inferno não é mais homem, mas também não é nenhum deus. -- O vampiro nasce com um pé, ou melhor, com um canino na literatura gótica (gothic novel) e outro na literatura fantástica. O tema reúne contos, lendas, crenças, supertições de todas as épocas e de todas as culturas (Índia, Roma, Grécia, China, Malásia, Leste Europeu, África, Mesopotâmia), completamente interdependentes entre si. É só no fim do século XVIII, início do século XIX, que o ser sedento de sangue ganha o status literário. -- Dentre os seres imaginários e os monstros da literatura, os vampiros figuram entre os mais populares. Do Drácula, de Bram Stoker, à Draculaura da animação Monster High, o mito se reinventa e sobrevive na cultura popular, imortalizando o vampiro literário e criando novas perspectivas de abordagem em relação ao mito.