Este livro de Raimundo Carrero é mais do que um romance: é na verdade um grave desafio. Desafio, aliás, que o autor faz a si mesmo e ao leitor. É também uma provocação, que se realiza numa única frase — “o que faz uma mulher apontando o revólver para o marido?” — e que causa inquietação, procura, ansiedade. Que se desdobra, ecoa e investiga. Que surpreende. Que se esvai como um corte de navalha no pescoço...