Aprender pela experiência, pelo esporte, pela aventura; apreender pela sensibilidade antes que pelo intelecto, aprender fora da escola. Aprender das pedras, do vento, da águas, das folhas, das flores, dos animais. Aprender com pessoas e com a história de pessoas, próximas e distantes no tempo e no espaço. Apreender da natureza e dos outros o que somos, quem somos e quem queremos ser - como indivíduos e como sociedade. Estas são possibilidades que o ecoturismo oferece a seus praticantes, seja através de viagens a lazer, seja através de programas de educação ao ar livre, vivências e estudos do meio. No entanto, ao ser incorporado pelo mercado - turístico e educacional - este mesmo ecoturismo torna-se um objeto de consumo, e isto pode vir a esvaziar sua potencialidade crítica sobre as relações sociedade-natureza. Os autores desta coletânea apresentam alternativas que buscam viabilizar, de fato, a sensibilização e o aprendizado, e esperam, ousadamente, que suas idéias possam levar indivíduos e sociedade a refletir e assumir de maneira consciente quais serão os desdobramentos do ecoturismo: a reinvenção do mesmo ou a produção do futuro.