Bárbara pagou excesso de bagagem numa viagem à Europa. Quando abriu as bags, tinha passaporte brasileiro, biquíni brasileiro, livros, um monte de roupas de frio, remédios e um celular sem chip. Ela não sabia, mas, quando saiu do avião, tinha também uma venda tapando os olhos. E somente o povo da nação idealizada poderia tirá-la. E assim esse povo fez. Bárbara tirou le bandeau e viu na expressão alheia um outro jeito de ser brasileira. Nada aqui era surpresa, mas veio alguém e jogou na cara com outras palavras. Bárbara descobriu que trocou o fascismo à brasileira por outros fascismos. Parece um jeito triste de descobrir, nos 30+, que o sectarismo tá bem on e que privilégio é não ter que entrar em conflito com o relativismo cultural. Mas Bárbara passou por cima disso em uma viagem fora do trajeto Barbieland-Real World, feito pela homônima Bárbara (vulgo Barbie) do blockbuster deste 2023. Fez uma Conversão que não costuma ser justa em muitas cotações. Até era vida real contra vida(...)