Em Campo ampliado, são apresentados os trabalhos de Alfredo Volpi, Arthur Luiz Piza, Hélio Oiticica, Jean Arp, José Resende, Lucio Fontana e Tunga, em diálogo com Amilcar de Castro, Mira Schendel, Sergio Camargo, Willys de Castro. A publicação reúne imagens de 64 obras, que, de acordo com o curador Paulo Sérgio Duarte, traçam um pequeno romance visual entre três gerações: a de Amilcar de Castro (1920-2002), Mira Schendel (1919-1988), Sergio Camargo (1930-1990) e Willys de Castro (1926-1988) artistas com acervo fixo no Instituto de Arte Contemporânea; a geração representada por três de seus antecessores, Alfredo Volpi (1896-1988), Jean Arp (1886-1966) e Lucio Fontana (1899-1968); além daquela que se mostra no trabalho de três contemporâneos, cuja produção criativa está aberta e em processo: Arthur Luiz Piza, José Resende e Tunga. São artistas pertencentes ao mesmo universo, tanto em direção ao passado, a partir deles, quanto para a atualidade. No alargamento de suas escolhas, esta exposição abre a perspectiva para um programa mais amplo e inevitável para o IAC uma espécie de campo ampliado; aquele que aponta tanto para uma modernidade além das fronteiras da produção local e da questão construtiva, como para as contribuições contemporâneas que mantêm afinidades eletivas com os quatros artistas eleitos como ponto de partida de estudo e documentação. Assim, passamos das ‘afinidades eletivas’, numa lembrança de Goethe, ao ‘campo ampliado’ de Rosalind Krauss, num empréstimo que se afasta do sentido original da análise da escultura contemporânea pela teórica norte-americana.