o acesso indevido a sigilos organizacionais – aqueles os quais, pela sua relevância, exigem medidas especiais de proteção – sempre foi grande fonte de atenção das organizações, tendo sido suas técnicas de obtenção, por um lado, e de neutralização, por outro, compiladas, organizadas e transformadas nas atividades de inteligência externa, de inteligência interna e de contrainteligência, ou, de forma resumida, nas atividades de inteligência. enquanto a inteligência externa proporciona melhores decisões no tempo e na maneira adequados, a inteligência interna e a contrainteligência utilizam as medidas preventivas e reativas necessárias à proteção do negócio e aos seus próprios sistemas e processos de coleta de informações para negócios futuros, por meio das técnicas próprias dessas atividades, como o monitoramento, a desinformação e a dissimulação. assim, enquanto informação custa dinheiro e tempo, inteligência produz dinheiro e compra tempo. presentes em todas as grandes decisões, seja proporcionando assessoramento ao estado ou fornecendo competitividade às empresas, e historicamente de uso restrito aos círculos militares, já há algum tempo os conceitos dessas atividades vêm sendo empregados por milhares de organizações privadas, preocupadas com o acirramento da concorrência, o vazamento ou a fuga de informações e a defesa de seu patrimônio intelectual, seja esse físico, eletrônico ou composto por valores intangíveis tais como a credibilidade, por exemplo. todas as empresas listadas na fortune 500 tem um departamento de inteligência, normalmente sob outro título, visando dar discrição à atividade. sua atual utilização como ferramenta-chave na gestão de negócios, assim, pode representar uma grande vantagem competitiva ou uma séria ameaça corporativa, já que são registrados continuamente casos de fraudes internas, concorrência desleal e furto de informações, e até o seu uso, com regularidade, pelo crime organizado. dessa forma, torna-se necessário definir, na org