Nesta obra, Alain Renaut, retoma a noção de indivíduo enquanto princípio e enquanto valor que fundamenta o individualismo moderno, analisando-a à luz da representação de liberdade surgida com os modernos. Para tal percorre a trajetória da modernidade e as etapas que, de Decartes a Nietzsche, vão compondo a metafísica da subjetividade e suas consequências nos diferentes campos. Isso lhe permite não só rever as características do individualismo moderno e as transformações por ele trazidas (igualdade versus hierarquia, liberdade versus tradição) como desfazer equívocos fundamentais, como o de terem sido tidos como equivalentes autonomia e independência, ou sujeito e indivíduo. Enfim, mostra que é essencial repensar o sujeito, hoje, para que se possa conceber uma ética e uma comunicação em torno de uma esfera comum de princípios e valores.