Esta despretensiosa obra é resultado de pesquisas e estudos sobre a linguagem jurídica, originando-se como material didático, em formato de apostila, e, aos poucos, sendo ampliada com minha prática docente nesta área já há alguns anos. Parte deste material já foi inserta em uma obra intitulada Comunicação científica jurídica, da qual figuro como coautora, publicada em 2007 pela Editora Mundo Jurídico. Em 2014, foi publicada, também, pela Editora Mundo Jurídico, a primeira edição da obra Comunicação jurídica: linguagem, argumentação e estrutura textual, que, para minha satisfação, logo se esgotou. No início de 2015, publicamos a segunda edição; em 2016, a terceira; e, agora, apresento esta quarta edição, já em conformidade com o novo Código de Processo Civil (CPC), com a mesma esperança com que apresentei a primeira: a de que seja útil aos que necessitam de aprimoramento na redação jurídica, enfocando a compatibilização da Língua Portuguesa com a prática forense. A organização do assunto se dá em cinco partes. A parte 1 versa sobre a linguagem e sua relação com o Direito, focalizando a linguagem forense e suas peculiaridades. A parte 2 apresenta uma reflexão sobre a hermenêutica e a argumentação jurídicas, dois assuntos tão caros ao Direito, considerando um o início e o outro o fim, mesmo porque não é possível conceber a construção de uma argumentação jurídica eficaz sem antes ter sido feita a interpretação do caso concreto, da lei a que este tenha subsunção, dos demais fundamentos jurídicos que possam vir a amparar o fato etc. Fizemos esse percurso do ponto de vista da Linguagem, enfocando o método hermenêutico gramatical ou literal, ou semântico, como sendo o primeiro método aplicado na tarefa de interpretação do texto jurídico e do qual advêm os demais.