Este livro foi construído na tentativa de estudar as dinâmicas políticas e as fases características do sistema jurídico, para extrair conclusões mais precisas sobre os caminhos que estamos seguindo. Dentro de uma dinâmica global dos sistemas jurídicos, podemos perceber que a modernidade sexual se caracteriza por um início repressivo, passando por uma intensa fase de crítica e reestruturação em meados do século passado, para uma fase mais recente de compromisso com sentidos de liberdade sexual, próprios da noção de direitos sexuais. Em que medida o Direito brasileiro se compromete com o estágio atual dos direitos sexuais? De que modo ele promove sentidos profundos de emancipação por meio da sexualidade? As decisões judiciais mais recentes apontam para uma sexualidade mais plural e inclusiva? Em que aspectos podemos dizer que a legislação sexual ainda possui um caráter repressivo significativo? Ainda estamos comprometidos com a realização das promessas da modernidade ou podemos visualizar uma pós-modernidade na sexualidade?