O autor e seu personagem solitário navegam juntos nessa imensidão que é a grande cidade de São Paulo em quase todos os contos do livro. Uma cidade que faz o ser humano se sentir solitário até mesmo quando está longe dela ou no resguardo de seu próprio quarto. O personagem que narra essas histórias não relata apenas a sua relação com a cidade, mas também com as tecnologias do mundo moderno e com os outros seres solitários com os quais divide a cidade e suas madrugadas. E, através dessas relações, ele vai expondo seu pensamento sobre as pessoas, o capitalismo, enfim, a imagem que faz da sociedade atual através de suas experiências e suas convicções. Com uma escrita direta e rápida, totalmente influenciado pelo dinamismo da internet, o autor tenta prender a atenção do leitor e deixar algo em que pensar sem dar voltas, em cada uma das crônicas.