O contraste entre a matemática da rua e a da escola interessará aos educadores, psicólogos e professores de matemática, e a todos que quiserem descobrir por que alguns são capazes de resolver tão rapidamente contas de cabeça, enquanto outras tentam fazer a mesma coisa no lápis e papel.Existe no Brasil a crença de que a matemática pode classificar os alunos em mais inteligentes e menos inteligentes, ou os que sabem raciocinar e os que não sabem. No entanto, a matemática escolar é apenas uma das formas de se fazer matemática. Muitas vezes, dentre os alunos que não aprendem na aula estão alunos que usam a matemática na vida diária, vendendo em feiras ou calculando e repartindo lucros. Este livro analisa a matemática na vida diária entre jovens e trabalhadores que, na maioria das vezes, não aprenderam na escola o suficiente para resolver os problemas que resolvem no dia-a-dia. O psicólogo e o educador encontrarão nestes estudos sugestões sobre como olhar o raciocínio de uma forma mais independente da ideologia do saber instituído. O professor de matemática poderá descobrir que o conhecimento matemático é acessível a muitos, mas que é preciso saber como interpretar os procedimentos matemáticos desenvolvidos fora da sala de aula.