Solitária numa cidade estrangeira, uma mulher no começo da velhice se dedica a tarefas corriqueiras. Ao mesmo tempo, empreende uma atividade peculiar, quase clandestina: lê os diários de seu pai. E escreve suas próprias linhas nos versos das páginas, fazendo surgir, do contato entre as duas grafias, as pistas contraditórias de uma história sempre incompleta. Segundo romance e quarto livro ficcional de Paloma Vidal, Mar azul retoma alguns dos elementos que a consagraram como uma das vozes mais marcantes da prosa brasileira contemporânea, como a memória, zona perversa de elipses e impasses, e o exílio.