No décimo romance do premiado criador do delegado Espinosa, uma moradora de rua é possivelmente a única testemunha de um assassinato ocorrido em Copacabana.A mulher sentada à beira da calçada na av. Nossa Senhora de Copacabana só se sente em casa vivendo na rua: estar entre paredes a oprime. É tão fina e educada que todos a chamam de Princesa. Seu "lar" é um trecho do piso de cimento delimitado por pedaços de papelão. Muito gorda, tem dificuldade para se mover. Mesmo assim, não descuida da aparência: alisa bem o vestido sobre as pernas esticadas, penteia-se com esmero e passa batom com pelo menos frequência - sempre que recebe a visita do delegado Espinosa. E o delegado Espinosa visita Princesa várias vezes por dia. Afinal, tudo indica que ela viu quem enfiou uma faca em um homem que amanheceu morto na calçada a alguns metros dela. Mas Princesa costuma sonhar, às vezes até quando está acordada... E como saber, nesta vida, o que é realidade e o que se passa no mundo dos sonhos?