Deméter aparece saudosa e triste pela ausência de sua filha Perséfone, raptada por Hades, Senhor do mundo dos mortos. A evocação de Perséfone nesse contexto alude à ligação de Deméter com o mundo ínfero, ctônico, e a revela como mãe zelosa que recobra o ânimo por reaver sua filha, mantendo-a consigo durante dois terços do ano, época em que a Terra inteira floresce entre os homens mortais. A ligação deste hino com os mistérios de Eleusis evidencia-o como uma fonte primordial para o conhecimento da religiosidade popular na Grécia antiga e permite intuir ligações com o pensamento pitagórico e platônico.