A filmografia de Eduardo Coutinho alcançou uma expressividade que ultrapassa os limites do cinema, sendo um dos mais influentes agentes da crítica e revisão da cultura oral e da representação do imaginário contemporâneo brasileiro. Para isso, Eduardo Coutinho refletiu profundamente sobre as principais questões da arte do cinema documentário. Reflexões essas que estão reunidas de forma inédita nas entrevistas deste volume da Coleção Encontros. "Nenhum filme filma a verdade. Se você fizer um filme etnográfico, a câmera ficar parada três horas no quintal e depois quatro horas em uma mulher socando pilão, é uma ilusão que o cineasta está conhecendo o real. Ele está documentando um encontro entre o cineasta e o mundo, sempre. Eu não filmo senão esse encontro, filmo uma relação."