Marxismo e filosofia da linguagem, publicado em Leningrado em 1929, trazia como autor Valentin Nikolaevic Voloinov. Quando o livro, caído em esquecimento na antiga União Soviética durante décadas, foi apresentado aos leitores ocidentais por iniciativa de R. Jakobson, na década de 1970, o teor de suas afirmações causou imediato furor intelectual. Pouco tempo depois, numa sucessão de episódios que P. Sériot descreve minuciosamente aqui, Marxismo e filosofia da linguagem, assim como outra obra de Voloinov (O freudismo, 1927) e O método formal nos estudos literários (1928) de Pavel Medvedev, passaram a ser atribuídos a M. Bakhtin, talvez o pensador russo mais influente na segunda metade do século XX nas áreas da crítica literária e dos estudos sobre o discurso. Diante dessa situação histórico-textual controversa é que, ao entrar em contato com a nova tradução para o francês de Marxismo e filosofia da linguagem publicada em 2010 [...]