Era uma vez um menino chamado Alyson ...que queria ser um sujeito de afeto. Queria viver aquele amor que contavam que existia entre pais e filhos. Ele não era filho de ninguém, pois com 10 anos, já havia passado por sete abrigos diferentes. Sua vida não era um filme, mas às vezes, parecia. Sentia falta de saber como era ter uma família. Nos abrigos chegou a levar surras e vassouradas e até ficou de joelhos no milho. Coisa de filme ruim. Não dava tempo nem de fazer amigos de verdade, mas ele nutria uma grande esperança lá no fundo do seu coração guerreiro. Ele não ia desistir tão facilmente. Sabia que os adotantes geralmente querem um perfil clássico para adoção, as menininhas brancas. E ele já tinha 10 anos, era menino e negro. Mas tinha um baita sorriso! Daqueles que derretem qualquer tristeza ou cara amarrada. E tinha essa tal esperança no coração, dessas que fazem a gente lutar sempre; um dia após o outro ele revisava o seu desejo de ter uma família de verdade e não esmorecia: (...)