Três preocupações norteiam esta obra: uso de variedade linguística apropriada ao meio jurídico; funcionamento da linguagem; produção e recepção de texto. Nesta nova edição ampliada, apresentamos uma seção específica sobre “Leitura passionalizada do texto jurídico: o réu como vítima de julgamentos injustos”. Difere, pois, dos manuais de Língua Portuguesa que se apoiam exclusivamente no estudo de normas gramaticais nem sempre defensáveis cientificamente e que podem levar a preconceitos linguísticos, estabelecendo a variedade padrão da língua como a melhor e estigmatizando todas as outras. Ao ocupar-se do sentido e da língua como interação, abandona concepções tradicionais que veem a língua como código, cujo domínio daria acesso ao sentido dos textos. Enfim, é ilusão a defesa da transparência na linguagem.