A educação infantil, que antes vivia à sombra do ensino fundamental ou à margem das ações de assistência, finalmente alcançou o status de política social. Isto ocorreu graças aos esforços de pesquisadores, militantes e políticos, mas principalmente de organizações e movimentos sociais. Ao destacar a participação da sociedade civil na configuração da política de educação infantil no município de Belo Horizonte, a autora mostra que a luta pelo direito à creche é, sobretudo, uma luta popular. Mas qual a participação dos diversos atores sociais neste processo? Como a demanda por creches vai se transformando em reivindicação e se configurando como uma política social? E até que ponto as reinvidicações sociais foram consideradas pelo Poder Público ao formular suas ações e propostas políticas dirigidas à criança pequena em creche?