O presente livro visa analisar a prevalência do elemento afeto para fins de fixação de guarda e direito à visitação nas relações familiares. Em tal contexto, optou-se, inicialmente, por trazer à baila a evolução do conceito de instituição familiar com enfoque em nossa sociedade e no fenômeno mutação social, este repercutindo para a adoção de novos conceitos de entidade familiares, através de um modelo democratizador, a partir do advento da Magna Carta de 1988. Em seguida, buscou-se identificar aquestão da desbiologização da maternidade e da paternidade e a influência dos vínculos socioafetivos no estado de filiação, traçando ainda um paralelo entre os novos modelos familiares e os possíveis reflexos na questão da guarda, à luz da preservação dos princípios da dignidade da pessoa humana e do melhor interesse do menor.