Como não se apaixonar de cara por Caloca – o “menino que vive o agorinha pensando no depois”? Ele é a nossa criança que já existiu um dia e que permanece viva dentro da gente. Como não entender esse menino que, às vezes, apenas repete o que ouve por aí? Que bom que há adultos como Dona Carola, com escuta atenta, desejosa de realmente educar e não apenas punir. Mulher disposta a transformar o mundo – o do seus filhos e o de quem mais se dispor a colaborar. Da mesma forma, quando estamos meio cabeça-dura, que alegria saber que do rochedo da cabecinha de Caloca, algumas pedrinhas começam a rolar. Às crianças que tiverem esse livro em mãos, que sua leitura promova boas emoções e uma vontade grande de brincar juntos – meninas e meninos – e sonhar uma sociedade com mais respeito e dignidade, independentemente do gênero. Aos adultos que puserem os olhos nesta obra: desbravem-na e descubram os aprendizados que só a boa literatura pode proporcionar.