Redes, redes sociais, redes digitais, redes midiáticas: tudo é rede. Com o desenvolvimento da internet e do ambiente digital, as pessoas encontram novas formas de relação e de interação, sem fronteiras de espaço e sem limites de tempo. Passamos a viver em uma sociedade da comunicação e da conexão, em velocidade e abrangência crescentes. Para as religiões em geral, esse é um grande desafio contemporâneo. O ambiente digital emerge como um novo lócus religioso e teológico. Formam-se novas modalidades de percepção, de experiência e de expressão do sagrado em novos ambientes comunicacionais. E as práticas sociais no ambiente on-line, a partir de lógicas midiáticas, complexificam o fenômeno religioso. O sagrado passa a circular, fluir, deslocar-se nos meandros da internet por meio de uma ação não apenas do âmbito da produção eclesiástica nem só industrial-midiática, mas também mediante uma ação comunicacional das inúmeras pessoas conectadas. A internet é uma realidade que já faz parte da vida cotidiana: não uma opção, mas um fato. A rede, hoje, se apresenta como um tecido conectivo das experiências humanas. Não um instrumento. As tecnologias da comunicação, portanto, estão criando um ambiente digital no qual o ser humano aprende a se informar, a conhecer o mundo, a estreitar e a manter vivas as relações (...). A evangelização não pode desconsiderar essa realidade. E é esse fenômeno que Moisés Sbardelotto perscruta neste seu livro, de modo articulado, preciso e profundo, ao mesmo tempo (Antonio Spadaro, S.I., diretor da revista La Civiltà Cattolica).