No final do século XIX, a Rússia vivia uma grave crise social, com insustentáveis desigualdades econômicas entre os privilegiados proprietários de terras e uma massa de camponeses que chegava a 80 por cento da população. Greves e revoltas rapidamente se espalharam pelo país, culminando na Revolução Bolchevista de 1917, que tomou o poder e as propriedades burguesas das mãos dos aristocratas e do clero ortodoxo e desmantelou a velha ordem feudal - estava lançado então o primeiro Estado socialista da História da humanidade. É neste cenário que se passa o enredo de A Teia, romance histórico que retrata a via crucis percorrida por uma bela e intransigente condessa em busca de harmonia social e de uma vida justa e digna como cidadã russa. Vivendo nos limites entre o amor e o ódio, sentimentos em ebulição naquela época conturbada, a jovem defensora dos interesses russos presenciava a hábil teia que era tramada pelo destino para mostrar à humanidade que tanto na história real quanto na ficção o extremismo só leva à destruição e ao separativismo. Esta é a oportunidade oferecida por Rochester para o leitor conhecer com detalhes os sórdidos episódios que antecederam os movimentos revolucionários na Rússia.