Festa popular de caráter religioso, a Folia de Reis traz em seu cortejo foliões que se reconhecem não por um espaço delimitado, mas por suas vestimentas, sua linguagem, por suas posturas - personagens urbanos construídos na transformação e na movência da cultura. De todos os bairros, estes brincantes fazem do centro um texto móvel, escrito em elipses e labirintos. Uma tessitura que faz com que o centro não se esgote e não se limite, mas se torne periferia, ou bairro popular, numa junção de festas e acontecências culturais cheias de ressignificações. Folias de Reis- múltiplos territórios é uma obra que mostra a ressonância dessa cultura junto às mudanças da atualidade.