A beleza desse registro histórico se amplia com a entrevista de Niemeyer a Regina Zappa, e nos textos dos arquitetos e professores Lauro Cavalcante e Farès el-Dahdah. No início do livro, Zappa entrevista Oscar Niemeyer para fazer um poema sobre sua visão de mundo, suas escolhas, arquitetônicas e políticas, e sua ideologia. O texto de Cavalcante aborda a trajetória profissional de Niemeyer, contextualiza os períodos históricos, o modernismo na arquitetura onde o racionalismo imperava, destacando a inauguração de uma linguagem moderna pessoal, brasileira e livre de dogmas. No terceiro texto, Farès el-Dahdah, desenvolve sua análise a partir do contraponto entre a visão de Le Corbusier e sua exaltação à linha reta, e Niemeyer, que considerava uma fraqueza, o fato da linha reta ser uma invenção do homem, ao passo que a curva, encontrada na natureza, adquire um grau adicional de autenticidade. O livro conta com iconografia histórica, croquis, além de um ensaio fotográfico realizado por Cesar Barreto que vem acompanhado de fichas sobre cada obra, contendo dados históricos e técnicos organizados por Farès el-Dahdah.