Mãe Beata de Yemonjá é uma mãe de santo. Escreve seu primeiro livro e mostra como é fazer ficção com os valores, crenças e personagens do candomblé. Ela cresceu cercada pela presença de antigos escravos e seus descendentes. Suas memórias são fortemente ligadas às histórias de vida, desses homens e mulheres, na África e no Brasil, e pelas histórias no dia-a-dia desses engenhos. Como na tradicional narrativa africana, os contos reunidos em Caroço de Dendê misturam gente, animais e plantas. Deuses da natureza e pessoas da cidade. Vivos e mortos. Mãe Beata escreve com a simplicidade de quem conta histórias vividas e com a cumplicidade de falar para um ouvinte entendendor do sentido mais profundo de suas palavras. Os 43 contos são ilustrados pelos desenhos de Raul Lody, antropólogo e pesquisador do Museu Folclórico do Rio de Janeiro.