O livro procura mostrar como o mercado de trabalho rural no Estado de São Paulo tendeu a se reestruturar, uma vez passada a fase inicial de crescimento do trabalho volante, em função do processo de proletarização dos trabalhadores familiares residentes (principalmente os pequenos rendeiros e ex-colonos do café) dos anos 60. E que essa reestruturação resultou num crescimento tanto dos trabalhadores assalariados que passaram a residir no interior das propriedades rurais, como dos assalariados temporários 'safristas', especialmente nas regiões canavieiras do Estado. Os safristas tiveram 'seus direitos' gradativamente reconhecidos (embora muitas vezes não respeitados) através de uma dura luta entre sindicatos e empregados que se prolongou até o final dos anos 80.