O autor escreveu o livro para os exilados, um povo que havia perdido a própria terra e, consequentemente, tudo o que a ela estava ligado: liberdade e organização econômica, política, social e ideológica. Era a mesma situação que, no passado, o povo tinha experimentado no Egito e em Canaã. O anseio pela liberdade e pela vida era o mesmo ou, talvez, ainda maior, visto que esses exilados já haviam experimentado a liberdade e a vida na "terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel" (Ex 3,8).