Inspirado pela vertente naturalista do romance francês (Flaubert, Zola), notabilizou-se pela veia irônica na crítica social engajada e anticlerial: O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, O Mandarim, A Relíquia. Pouco a pouco, o estilo coloriu-se de certa densidade psicológica, da qual OS MAIAS é exemplo maior. Fundou em Paris, com o jornalista Martinho Botelho, a Revista Moderna, mantinha, entre outros colaboradores, o amigo Eduardo Prado. No molde de todas as demais da época, a publicação pretendia divulgar e analisar os acontecimentos literários e culturais, os "vastos e complicados movimentos do Pensamento e da Ação", a lógica "impertubável epositiva dos fenômenos sociais". Ali na revista se gestariam alguns dos melhores romance de Eça: A Ilustre Casa de Ramires e Os Maias.