“Tornei-me mãe naquela noite quando eu soube que tu já estavas a caminho. Oh minha pobre criança. Quem diria que antes mesmo de vires ao mundo, a humanidade que pensava que conhecia teu pai já te rejeitaria. Queria poder te manter escondido e protegido para sempre no meu ventre. Filho de uma gestação reprimida. Oculta. Uma gravidez planejada desde o início dos tempos no coração de Deus. Um sentimento inexplicável me rasgava a pele, que me revirava do avesso e me abatia a alma. Filho meu, tu representarias para mim um mundo de possibilidades. Amadurecer sem estar preparada. Sozinha. Mas tu já conhecias as batidas do meu coração e o peso de minhas muitas lágrimas”.