Este pequeno livro é um clássico da sociologia do direito. Desde a promulgação da Carta de 1988, somos testemunhas de uma expansão sem precedentes do Judiciário na vida brasileira, afetando políticas públicas de diferentes naturezas, a questão da saúde é exemplar e sobretudo as relações entre os poderes. Como sustentam P. Nonet e P. Selznick, nas modernas democracias, o Judiciário tende a se converter em mais uma arena para a aquisição de direitos, em que o papel paradigmático passa a ser exercido em nome da regulação e não da adjudicação. O ponto de partida lhes é dado por uma rica sociologia histórica, da qual extraem não só tipos de direito repressivo, autônomo e responsivo, mas também uma concepção evolutiva.