A natureza do homem está inscrita, exposta, na poesia de Antonio Carlos Floriano. Quando entramos neste Post Provisório, observamos que o poeta habita a linguagem, o lírico, a existência da criação. Tem o seu código defi nido e isso já se tinha antes em Cadernos do Japão, Poesia, Hanami, Um cavalo para Eduardo, Vento no catavento (estes dois últimos, infantojuvenis). O poeta tem o seu alicerce construído e isso é evidente quando nos deparamos com há um caminho de bosque / perto do Humaitá / árvores antigas se abraçam / traçando sombras iluminadas / nas fa chadas dos casarões vazios. Abre seu universo de personagens, de nomes próprios, de países, de mundo, de metáforas, de imagens, dando voz ao encantamento, à necessidade da permanência da poesia. O poeta Antonio Carlos Floriano carrega uma voz amadurecida, própria de quem sabe o nome da vida e da humanidade, o tempo em que vive, o mar, as pessoas, o velho navio, as amarras que seguram um navio inteiro, as mesmas que (...)