A poesia escrita por Alberto de Oliveira entre 2012 e 2024 nos guia pelo lixo comum de um cortiço qualquer no centro da cidade, no qual foram lançados os biquínis rasgados e desfiados de uma velha rainha da rumba; pelos corredores do prédio em que se ouve o barulho da panela de pressão e se sente o cheiro de feijão que vem do apartamento de Kate Kentinha; pelo cemitério em que o túmulo sem revestimento de uma moça de sobrancelhas desenhadas se encontra condenado à demolição; pelos camarins escuros e pelos quartos baratos de hotel e pensão em que estrelas de nenhum cabaré mantêm diabinhos presos em garrafas guardadas nas gavetas de suas penteadeiras; pelas zonas de meretrício da América Latina onde os espíritos selvagens vão encontrar uma bailarina exótica brasileira que foge de seu filho andarilho.