É comum observar que ao ver um filho em perigo de cair ou vítima de uma queda sua mãe se mostre afetada por isso e lhe exprima esse afeto de dor de modo demostrativo, mas, sobretudo, particularmente articulado na fala. O que ela experimenta e comunica desse modo é uma certeza, porque ela sustenta seu afeto em um real e, por esse motivo, seu filho lhe dará razão a partir do que ela lhe diz.     Assim, o transisitivismo não é somente o que a mãe experimenta e demonstra, é também um processo que ela introduz quando se dirige a seu filho, porque faz a hipótese de um saber nele, saber em torno do qual seu apelo vai circular, como em torno de uma polia, para a ela retorna sob a forma de uma demanda; demanda que supõe ser a de uma identificação de seu filho ao discurso que ela lhe dirige.        Nesta obra, os autores se empenham em mostrar a importância clínica e teórica do estudo do transitivismo, que ilumina, de modo inédito, a emergência precoce e em seguida a resolução do jogo de posições da mãe e de seu filho no discurso que partilham