"Amo-te como se tudo fosse pouco e o mundo para ser são tivesse de ser louco Separam-nos mil viagens e naufrágios o meu barco andou por mil deshoras e desordens desaprendeu de chegar em porto seguro não sabe recolher as velas a quilha arrefece o lastro inunda-se em vez de ancorar afunda-se Os deuses do impossível velam por nós unem-nos galáxias e calendários a mesma idade em épocas diferentes à mesma hora de tantos continentes Não poderemos amar até ao limite das estrelas ficaremos longe não poderemos vê-las não teremos tempo nem falta de tempo"